sexta-feira, 24 de junho de 2011


MENOPAUSA, ENTRANDO NO             CICLO DAS MULHERES  SÁBIAS...
 
                                                        
  
Na menopausa entramos no ciclo das mulheres sábias. Sábias por saber em que “tempo” da existência nos encontramos, esse é o momento histórico pessoal de cada uma.
É chegado o momento de recriar a vida, pois o corpo aclama por isso. Já acabou a função do “parir”, e essa conclusão de ciclo nos remete a finalização funcional do útero, partindo daí para o CICLO DO VERBO.
 
A vida da mulher após esta transição tem múltiplos significados. Mas o importante é a consciência do estado biológico, assinalando o fim da fase fértil, as mudanças hormonais, as alterações físicas, psíquicas e emocionais.
 
Nós da Tradição Telucama, começamos a observar nossas reações físicas, emocionais e espirituais desde os primeiros sinais do nosso corpo. Assim procuramos guardar um pouco do nosso sangue da vida para a confecção de um PEDANTIF (um tipo de escapulário) que servirá de amuleto e símbolo histórico pessoal.
 
Como Bruxas, buscamos viver intensamente cada ciclo: a juventude, a maturidade e a velhice. Assim, quando a menopausa nos chega encaramos com muita naturalidade, vivenciando e celebrando cada momento.
 
Desde cedo, com os primeiros sinais do nosso corpo, evitamos a baixa dos hormônios, e passamos a fazer uso de alguns chás tradicionais que recompõem os mesmos, como por exemplo: o chá de Banana verde, que há milênios supre a recomposição Hormonal, obedecendo a uma tabela de acordo com a lua da última menstruação.
 
Quanto à celebração, nós da Tradição Telucama, nos preparamos para o Grande Rito com as sete luas que antecedem o Grande Dia.
Fazemos sete banhos sagrados com sete ervas e sete essências combinadas entre si, e cuja composição vai se aglutinando dia a dia até o sétimo dia.
Durante esses sete dias buscamos ler textos sagrados deixados pela ancestralidade que falam especificamente do tema.
Quem já é avó, busca nesses dias um maior convívio com as (o) netas (o), principalmente as netas mulheres, quando na oportunidade deve lhes ensinar algo da Tradição que simbolize a Grande Arte da Magia, por exemplo: Confeccionar uma boneca de pano ou ensinar a cozinhar uma receita sagrada. Fazer uma colcha de retalhos ou um Pachôh (Espécie de Panoth, contando a história da Tradição em aplicações de retalhos recortados e bordados.)
 
No Dia do Grande Rito a celebração se dá nos últimos raios do sol, com a entrada no circulo do Sol de todos os membros do templo, conduzindo cestas com sementes de Girasol, as Virgens (Mulheres que ainda não pariram) conduzindo coroas de flores, as Senhoras da Floresta (As avós Guardiãs do Templo) conduzindo um muringo com hidromel e uma manta negra com símbolos sagrados da Tradição, e por fim, entram os Sacerdotes conduzindo taças e uma jarra de vinho, e as Sacerdotisas com os elementos mágicos que simbolizam os quatro elementos, colocando-os no altar central. Finalmente entram as Senhoras menopausadas e se posicionam em circulo no centro do grande Circulo. Elas trazem nas mãos um Pergaminho e uma Corda. No Pergaminho deve estar escrito suas mais importantes vivencias; enquanto Virgem e enquanto Mãe. A Corda com nós correspondentes ao número de filhos (biológicos ou não).
 
A Cerimônia tem inicio com uma mensagem da Suma Sacerdotisa do Templo, em seguida elas recebem uma chuva de sementes de Girasol, ajoelham-se e as Virgens lhes colocam coroas de flores. As Sacerdotisas  acendem velas e lhes entrega, trocando com as cordas. Os Sacerdotes trocam o Pergaminho por uma taça de vinho. As senhoras da Floresta lhes cobrem com a manta. Cantam o hino da Tradição e formam uma teia de lã sobre suas cabeças. Retiram a manta e as Senhoras da Floresta lhes servem o hidromel que é tomado no gargalo do muringo. Esse é o momento das revelações mágicas, silêncio e reflexão total.
Após a cerimônia serve-se um banquete com os pratos preferidos da criança que foram um dia, da mãe e o que mais gosta de fazer na atualidade.
 
Nesse momento a mulher menopausada entra em contato com a sua Deusa Interior que a conduz aos mundos sutis, ultrapassando o limiar dos mundos paralelos, passando a administrar e conduzir a realidade mágica de forma harmônica e lúcida, para que possam transmitir oralmente a nossa cultura, a nossa Tradição e principalmente vigiar e preservar os mistérios.
É chegado o momento de cumprir e fazer cumprir as leis que regem o Universo. É prioritária a dedicação pela cura coletiva e a revelação dos Dons mágicos, para que possam transmitir as próximas gerações os seguimentos dos mistérios e a prática mágica.
Os ritos de passagem da menopausa marcam a nova percepção do viver e do morrer e o despertar para a nova realidade do existir, compreender e aceitar o processo de desconstruir o passado, mergulhando profundamente no presente para estruturar o futuro. É o momento de renascer como uma Mulher Sábia, representante da face escura da Deusa, guia e Senhora, protetora e amiga das que ainda gestam para dar a luz as que virão.
Por elas, as Senhoras dos Caminhos que se encontram e se transmutam! Heya!!!
Graça Azevedo / \ Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Y U L E 2 0 1 1

                                   C E L E B R A Ç Ã O  D O 
                                   Y U L E