quarta-feira, 9 de novembro de 2011


SER UMA (O) BRUXA (O) TRADICIONAL É SER PLURAL EXISTINDO VERDADEIRAMENTE ATRAVÉS DAS PRÓPRIAS ESCOLHAS.
                                            
                                                   
As escolhas pessoais são importantes componentes para o desenvolvimento pessoal, profissional e religioso, é o que permite viver a ESSÊNCIA PRIMORDIAL, ENQUANTO BRUXA (O).

Cada uma (o) de nós é o resultado das escolhas que fazemos...

As implicações das escolhas pessoais.
O momento da decisão, aquele momento determinante no qual nos baseamos para decidir as nossas escolhas é de suma importância. A qualidade das nossas escolhas é vital para a nossa existência saudável. Seja para as escolhas que envolvam  a evolução pessoal e profissional, as que definem a estrutura familiar e a que estaremos refletindo aqui: A ESCOLHA DE SER UMA (o) BRUXA (O) TRADICIONAL.
Ter dúvidas é saudável, é sinal que existe movimento acontecendo dentro do SER- gente. Faz parte do processo de evolução. Assim como o medo, que promove a reflexão, avaliação de detalhes, ponderações e o ato de assumir responsabilidades pelas próprias escolhas. Mas infelizmente grande parte das pessoas que se identificam com a Bruxaria Tradicional, ainda utiliza a deformação das informações superficiais, pelo condicionamento cultural, religioso e familiar, e até mesmo para se relacionar com o seu próprio mundo interno e, conseqüentemente, com o mundo externo.  E assim se efetiva a mentira pessoal de cada dia.
É isso mesmo! A mentira pessoal criada para se colocar em lugar de comodidade... Pois sabe que a BRUXARIA TRADICIONAL é escolha sem volta. É ir ao encontro de si mesma (o), do auto conhecer-se, fato que vai desestruturar o que está comodamente guardado, mesmo que em uma  base de sofrimentos e armadilhas do EGO.
Agora mesmo, neste instante... Enquanto lê este texto, infinitas sensações, emoções, sentimentos, idéias, pensamentos passam pela cabeça e o que se faz com eles?
No mínimo, deixa todos "engavetadinhos" bem escondidinhos principalmente de si mesma (o). E na maioria das vezes, quando sente a voz interior chamando, sempre tenta contornar, e diz que não está num momento bom, não está disponível para se envolver.
Pois então, Bruxas (o) em busca de realização, satisfação, crescimento, sucesso, alegria, prazer e melhorias nesta vida tão complexa. Toda vez que se FOGE da verdade interna, mesmo que seja por medo de causar qualquer desconforto, na vida, nas relações sociais ou com quem quer que seja a ESSÊNCIA PRIMORDIAL vai cobrar com juros e correção mais cedo ou mais tarde.
 ABRA UMA BRECHA para si mesma (o), instale e priorize sua relação direta com o universo. Promova as possibilidades boas, produtivas, positivas em sua existência. Primeiro busque se relacionar com seus Deuses internos, Depois vá ao encontro de si mesma (o) pelo autoconhecimento e finalmente se defina como uma devota dos Deuses.
Lembrando que cada uma (o) de nós é responsável pela falta ou pela abundância do todo em nossas vidas.   
Ser verdadeira (o) é ser responsável pelas próprias escolhas e não criar justificativas toscas para sustentar medos e covardias. É ser quem realmente se é, com todos os defeitos, esquisitices e nuances diferentes de qualquer outro modelo dito de pessoas “NORMAIS”. Nós BRUXAS (O) não somos NORMAIS, somos NATURAIS.
Mentir para a nossa própria ESSÊNCIA PRIMORDIAL significa confirmar para o universo que não tem fé em quem si é verdadeiramente.  
Quando nos enganamos a credibilidade é ZERO com universo. E sem direito a segunda apelação, a recuperação, a barganhas. A marca interior FICA. A cicatriz existe, mesmo que se tente cobrir com uma bela tatuagem emocional... Sempre saberemos quem somos mesmo que neguemos pelo resto da existência.
Para nós Bruxas (o) Tradicionais (o), a existência é abundante; milhões e milhões de flores, milhões de pássaros, milhões de animais; TUDO EM ABUBDÂNCIA. A natureza não é ascética, ela está dançando em todos os lugares; no oceano, nas árvores. Ela está cantando em todos os lugares; no transcurso do vento pelos pinhos, nos pássaros, enfim pela nossa vida em todos os momentos.
“Qual a necessidade de milhões de sistemas solares, cada um com milhões de estrelas?”
“Parece que não há nenhuma necessidade, exceto que a abundância é da própria natureza da existência; esta riqueza é o próprio coração dela; que a EXISTÊNCIA NÃO ACREDITA EM POBREZA.” (Osho, em "Your Answers Questioned: Explorations for Open Minds)‎.
A vida realmente é prodigiosa pra quem decide entendê-la, desbravá-la, participar dela e experimentar todos os aromas, sabores, sons, imagens, que despertam nossos sensores e que ela, a vida abençoada, nos promove o TEMPO TODO!
Podemos também decidir viver à margem dela... Sentindo-se desprestigiada (o), preterida (o), desprovida (o) de bênçãos, não escolhida (o)... Mas isso será no mínimo nutrir a idéia de uma sabedoria injusta, aleatória e capenga do universo.
Na verdade, somos o que acreditamos. Temos o que acreditamos que merecemos e merecimento não tem nada a ver com crença religiosa, mas com o que se sente sobre si mesma (o).
Nós Bruxas (o) Tradicionais, desenvolvemos a crença de que o universo é confeccionado por abundância desenfreada, ilimitada, contínua, infinita. Só quem não quer enxergar isso porque dá muito trabalho, vive à margem da prosperidade e abundância na vida.
Entender os caminhos que trilhamos em nossa existência SEMPRE faz todo sentido. Nada é aleatório, somente quem tem preguiça de transformar-se crê no acaso, nas dificuldades e no drama.
Entender a vida não significa atar-se em verdades absolutas, mas SER FLEXÍVEL e fluir com a sabedoria dos detalhes preciosos que a própria vida nos indica tempo integral, segundo a segundo de nossa existência abençoada.
A ESCOLHA É SEMPRE NOSSA!
Graça Azevedo / Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama





  Resgatando a Identidade  
                      Feminina   


                                  
   DIA10 DE DEZEMBRO DE 2011-SÁBADO

FACILITADORA = GRAÇA AZEVEDO   / SENHORA TELUCAMA – SUMA SACERDOTISA DO TEMPLO CASA TELUCAMA – TERAPEUTA HOLÍSTICA = CONSELHEIRA DO CBT.  
                                                        
                                                                    
PROGRAMA:
Horário= dás 09:hs ás 17:hs.
Local= templo casa telucama.
Praia de Ipitanga- condomínio moradas do sol  nascente- Rua Maria do Carmo Paranhos – 26- Lauro de Freitas. BAHIA.
OBJETIVO:
Trabalho em grupo de mulheres para resgatar a si mesmas... 
Não precisamos mais viver nos comparando aos homens, nem copiando o mundo das nossas mães, podemos e devemos nos definir enquanto ESSÊNCIA PRIMORDIAL.
Estou convidando MULHERES GUERREIRAS para um mergulho no Universo Feminino.

Através dos mitos das Deusas, podemos descobrir nosso próprio mito.
Proponho um trabalho em grupo para mulheres interessadas no Auto Reconhecimento.
Que assim seja para o bem de todas!
INVESTIMENTO:
CR$ 300,00 (TREZENTOS REAIS)
-Podendo ser dividido em 2X CR$ 150,00
ROTEIRO DO ENCONTRO:
- ABERTURA
-ACONCHEGO
-APRESENTAÇÃO DE VÁRIOS ARQUÉTIPOS DAS DEUSAS.
-INTERVALO PARA LANCHE.
-ORÁCULO DAS DEUSAS (LEITURA INDIVIDUAL DE CADA DEUSA PESSOAL).
- 12h30min. ALMOÇO
-14h30min. – DANÇA SAGRADA DAS DEUSAS.
- VIVÊNCIAS PESSOAIS.
- AMPARO COLETIVO.
-DISCUSSÃO AVALIATIVA.
-ENCERRAMENTO EM CONFRATERNIZAÇÃO COM COQUETEL.
INSCRIÇÕES ATÉ O DIA 05 DE DEZEMBRO PELO EMAIL= senhoratelucama@terra.com.br

AVISO  IMPORTANTE:
Essa vivência será aberta também para Mulheres que não pertençam a Família Telucama, desde que se inscrevam previamente.
As mulheres da Grande Família Telucama, deverão indicar e convidar suas guerreiras amigas.
         Bençãos  da grande  mãe  Gaia!!!  Heya!!!
   
                                   

domingo, 6 de novembro de 2011

                                                                       
                                            A DEUSA MACHA
           

                  
A Deusa Macha foi adorada na Irlanda mesmo antes da chegada dos celtas. Ela é uma deusa tríplice associada com Morrigan a deusa da guerra e da morte. É ligada também a Dana no aspecto de fertilidade da mulher. Seu pai era o "Aed, o vermelho" e sua mãe era Ernmas (druida feminina).

Há diversas lendas que convergem à Deusa Macha. Às vezes ela aparece como sendo pertencente  à raça de Thuatha De Danann, mas em outras surge como uma rainha mortal. Portanto, é normal a confusão à respeito do que realmente ela é.

Macha foi esposa de Nemed e consorte de Nuada; chamada de "Mulher do Sol". Ancestral do Galho Vermelho, é a Rainha da Irlanda, filha de Ernmas e neta de Net. Seu corpo é o de um atleta e seus símbolos são o cavalo e o corvo.

Macha está presente no "Livro das Invasões" quanto nas lendas do Ciclo de Ulster. Esta deusa é uma deidade tipicamente celta, pois em dado momento ela parece ser suave e generosa, para em outro transformar-se em terrível mulher guerreira.

Em algumas fontes, Macha é citada como uma das três faces de Morrighan, a maravilhosa deusa da guerra, da morte e da sensualidade. No "Livro das Invasões", a seguinte frase descreve esta triplicidade;
"Badbh e Macha, grandes poderes.
Morrighan que espalha confusão, Guardiãs da Morte pela espada, Nobre filhas de Ernmas."
Nesse contexto, Macha é retratada como uma mulher alta e destacada, vestindo uma túnica vermelha e cabelos castalho-amarelados.
Estas três deusas esconderam o desembarque dos Thuatha de Dannan na Irlanda no início dos tempos. Elas fizeram o ar jorrar sangue e fogo sobre oa Fir Bolgs, aqueles que inicialmente se opuseram contra os Thuatha, e depois os forçaram a abrigá-los por três dias e três noites.

No "Livro Amarelo de Lecan", Macha é glosada como "um corvo, a terceira Morrighan".
Mas quem são as três Morrighan?
São:
Nemain - "frenesi", a que confunde as vítimas e espalha medo;
Morrighan - "Grande Rainha", a qual planeja o ataque e incita à valentia;
Macha - o corvo que se alimenta dos cadáveres em combate. Está também associada a troféus de batalha sangrentos, como as cabeças recolhidas dos inimigos, chamadas de "a Colheita de Macha". Esta sua ligação com a arte da batalha é reforçada nome das Mesred machae, os pilares das fortalezas, onde as cabeças dos guerreiros derrotados eram empaladas.

Macha é também a deusa que guia às almas ao além-mundo. Ela vive na terra dos mortos à oeste. Antes de sua ligação com à morte, ela representava a quintessência das fadas. É igualmente considerada uma deusa da água semelhante a Rhiannon e Protetora dos Eqüinos como Epona. Está ainda, associada à deusa do parto, especialmente se este for de gêmeos.


               A MALDIÇÃO DE MACHA

Macha, segundo conta uma das lendas, é uma Deusa que preferiu viver entre os mortais. Teve como seu primeiro marido o líder Nemed, que morreu em uma batalha, narrada no "Leabhar Gabhála" (O Livro das Conquistas),
Macha governou a Irlanda por um bom tempo sozinha, até unir-se ao seu segundo marido Cimbaeth, que foi quem construiu o forte real de "Emain Macha".

Mas foi com seu terceiro marido, Crunniuc que surgiu a lenda de sua maldição. A história inicia-se quando Crunniuc, um fazendeiro de Ulster fica viúvo e deseja uma nova esposa. Macha, uma senhora misteriosa, entra em sua casa, organiza seu lar, dá ordens aos seus criados, fazendo tudo para agradá-lo. À noite faz amor com ele, convertendo-se desta forma sua esposa.

Como deusa protetora dos eqüinos e apaixonada por seu marido, ela multiplicou-os de maneira assombrosa e passava as manhãs correndo e competindo com eles pelos prados. Neste período, Crunniuc prosperou como nunca, e recebeu o reconhecimento dos outros nobres da região. Aparentemente, a mulher, cujo nome ela o instruíra a jamais perguntar, trouxera-lhe boa fortuna. E, logo em seguida Macha fica grávida.

Chegou então a época em que, Crunniuc deveria assistir a um Festival Anual, dos quais todo mundo participava. Macha havia lhe pedido para não ir, advertindo-lhe que se falasse dela atrairia desgraça para os dois. Crunniuc não desistiu, entretanto prometera não dizer uma só palavra sobre seu relacionamento. 

O próprio rei de Ulster, Conchobar, presidia os festejos. Num certo momento, para agradá-lo, alguém fez elogios aos seus cavalos, garantindo que não havia outros mais velozes em todo o mundo. Crunniuc, não conseguindo conter-se, afirmou que sua mulher corria mais rápido do que qualquer quadrúpede. 

O rei com raiva mandou prendê-lo e exigiu uma comprovação de tais palavras. Sendo assim, forçam Macha a comparecer ao festival para competir com os cavalos do rei sob pena de matarem seu marido se ela resistisse. Ela protestou e apelou pedindo então que pelo menos o rei aguardasse o término de sua gestação para que tal feito fosse realizado. 

Lembrou-lhes que todos tinham mãe e perguntou-lhes o que sentiriam se obrigassem a cada uma delas a uma prova semelhante em estado tão avançado de gravidez. Mas de nada adiantou seus lamentos, pois a maioria dos homens devido ao excesso de álcool lhes parecia muito atrativo aquele perigoso desafio.

Macha, não teve outro remédio a não ser aceitar a tal corrida. Trouxeram então os cavalos e teve início a competição, que teve um fim muito breve, pois ela alcançou a chegada rapidamente com uma vantagem folgada. 

No entanto, no final, caiu ao solo gritando de dor e naquele mesmo instante deu à luz gêmeos. Neste instante todos se deram conta do que haviam feito, mas foram incapazes de moverem-se para ajudá-la. Foi quando ergue-se e anunciou que ela era a Macha e que seu nome seria conhecido para sempre naquele lugar e amaldiçoou todo o povo do Ulster, porque a piedade jamais morou no coração daqueles homens. A partir daquele dia, a vergonha e a desonra que lhe haviam provocado voltariam à eles multiplicadas e toda a vez que seu reino estivesse em perigo se sentiriam tão fracos como uma mulher ao dar à luz. 
E assim a maldição se cumpriu. Somente as mulheres, as crianças e o Herói Cuchulainn, filho de Lug, o único imune à maldição, ficaram a salvo das palavras de Macha, que deveriam durar nove gerações.

Esta lenda surgiu na época em que o patriarcado começava a suplantar o matriarcado. Marcha , através deste mito nos mostra que era suprema, mágica e hábil, mas o mito indica que mesmo com todos estes atributos o Rei pode forçá-la a correr, demonstrando que a posição feminina já não era mais tão superior dentro da sociedade.

O período de fragilidade imposta pela deusa, só nos faz entender que o conhecimento feminino pode enfraquecer os homens. Este período imposto pela deusa, comop forma de castigo, seria equivalente ao período menstrual de todas as mulheres.

Macha  é símbolo da Soberania da Terra. Desrespeitar  a terra é desrespeitar a natureza criadora de toda a Vida.

Tamanho poder desta deusa pode ser atestado pelo pequeno ritual que ela praticava ao deitar-se com Crunniuc. Ela antes, caminhava em círculo no sentido horário ao redor do quarto para afastar qualquer mal. A Rainha Maeve também, antes de qualquer batalha, realizava um movimento circular no sentido horário para proteger-se dos maus augúrios.
Esta prática mágica é realizada em diversas tradições pagãs. Inclusive em algumas capelas cristãs e nascentes sagradas, devem ser primeiro circuladas para depois se obter o direito ao ingresso.


MEDITANDO COM MACHA

Macha chega até nossas vidas para nos afirmar que todas as mulheres são deusas. Todas nós somos pequenos pedaços de um grande ser: a Grande-Mãe. Ela, nas suas várias formas de manifestação, é o símbolo principal da própria representação do inconsciente. Uma boa parte deste planeta já busca o resgate desta sabedoria. Não estamos descobrindo nada novo, mas sim simplesmente revelando o que já se é.

Quando nos afastamos do sagrado, acabamos fatalmente relegando à um segundo plano à paz, o amor e a alegria. Quando nos esquecemos que a vida é sagrada, nós perdemos a conexão com a força planetária da vida e ficamos à sombra da nossa verdadeira natureza.
Seu maior símbolo de busca interior é o LABIRINTO. Caminhos que lhe conduzem para dentro de si mesma (o).

A deusa está viva!
A deusa está viva!
A deusa está viva!
Seja bem-vinda.
                                                      

           O que é ser um Bruxo Tradicional? Esclarecendo as distorções.


Dentro dos textos que analisamos, as pessoas confundem Bruxaria com Ocultismo, com Intuição, com Feitiçaria e com o uso da internet isso se torna cada vez mais explícito, e o nosso objetivo é direcionamos para o entendimento de cada conceito.

Como dissemos, estamos aqui para agregar, porém é óbvio que temos uma linha de pensamento, quando dizemos “aceitação” é dentro dos moldes filosóficos que praticamos e todos que procuram são bem vindos.

Se hoje o termo Bruxaria não tem relação direta com os cultos pré-cristãos, dizemos que isso é uma clara distorção, se não cultuarmos a preservação de valores, então do que vale o nome tradicional? Temos que respeitar os devidos conceitos e darmos a eles os nomes destinados.

Temos um modo muito fácil de simplificar as questões e, se por acaso alguém acha que Bruxaria Tradicional tem que ser “modificada”, que ela vem se “modificando”, que ela hoje tende a ser mais “moderna”...É muito simples, troquem o termo Bruxaria Tradicional para Bruxaria Moderna e se tornem membros da Wicca.

Se por acaso acreditam que Bruxaria Tradicional é “atemporal”, que é uma junção de “sistemas mágicos”, se não há linha descendente de conhecimento, se não existe uma raiz geográfica, que prezam por algo “monista”, se acreditam que deuses são dispositivos psicológicos, que ancestrais são apenas energias a serem trabalhadas. Caros leitores, francamente, isto não é Bruxaria Tradicional, por mais que se queira dizer por status que seja.

Nossa intenção é agregar e não temos pretensão alguma em destruir qualquer coisa, até por que para se destruir algo “isto ou aquilo” tem que pelo menos existir e hoje tudo o que vemos dentro do que é mostrado em Bruxaria Tradicional, tanto de instituições como pessoas são apenas desejos platônicos da década de 50 para se inspirar nos cultos pré-cristãos e seus festejos pagãos, que obviamente dentro do que conhecemos não passou de um simples desejo superficial, algo para chamar a atenção da mídia.

O termo bruxaria realmente alcançou bom acesso à mídia na década de 50, tal como hoje, tem forte apelo na mídia, por ter equiparado ao termo ocultista/ místico, bem diferente do período medieval que era uma visão de anti-cristianismo dada pela campanha católica e não protestante. Como sabem o protestantismo nasceu em 1.500 d.C., mas bem antes disso, a palavra bruxaria já existia, até mesmo antes dos romanos invadirem a Península Ibérica, portanto seria mais uma falta de informação tentar dizer que bruxaria teve seu início na década de 50.

Com relação às Iniciações para ser um padre é necessário sua ordenação, para ser católico também se passará por iniciações, tal como um batismo, mas são modos diferentes de ritos de passagem.

Como funciona na Bruxaria Tradicional? Como temos dito, primeiro é necessário entender o conceito Bruxaria Tradicional, embora já explicado em diversos textos, sempre observamos a mesma confusão, então reflitam sobre esses conceitos:

- Crenças Tradicionais;
- Qual a origem do termo Bruxaria;
- Famílias Pagãs = Bruxaria Familiar/ hereditários;
- O que separa Bruxaria Familiar da Bruxaria Tradicional.


Outro contexto que devemos esclarecer é que se você não acredita em iniciação, você provavelmente não passou por esse processo e, se passou por uma não passou por todas. A transmissão dentro da Bruxaria Tradicional é ancestral, se estamos trabalhando com linha de tempo, conhecimento passado de geração a geração, é obvio que ao receber este conhecimento não existe necessidade de copiar sistemas de outras crenças, se o faz, faz por aprendizado próprio e não em nome da Bruxaria Tradicional, ou o que se aprendeu não teria valor, estaria corrompido ou fragmentado. Conheço gente que disse que nasceu Bruxo Tradicional e hoje é Wiccano, um erro conceitual, na verdade o sujeito veio de uma “família pagã”, na qual os conhecimentos transmitidos não lhe eram agradáveis ou não passavam de pequenos fragmentos sem sentido.

Como também conheço pessoas que eram wiccanas e resolveram se tornar Bruxos Tradicionais para se distanciarem de conceitos e regras comuns a qualquer caminho, seja chamado de crença, seja chamado de religião, na verdade, querendo ou não a Bruxaria Tradicional tem suas definições também, devemos entender que Bruxaria Tradicional é um agregado de costumes, folclore, filosofia, magia, enfim... Ela não é simplesmente feitiçaria, alias a feitiçaria não ocupa tão grande espaço dentro da crença como muitos acreditam, muito embora seja o mais divulgado.

Um bruxo precisa de aprovação? Depende, pedimos aprovação aos nossos mestres, pedimos aprovação em uma reunião de um grupo, pedimos aprovação para um evento publico. O fato é que as pessoas confundem aprovação como um ataque a sua soberania pessoal, uma aprovação pode ser um conselho, pode ser um ato de dividir uma tarefa, entre outros atos.

Vamos falar como funciona a Bruxaria Tradicional; não falaremos em nome de todos os grupos, porém usaremos um conceito genérico.

Um bruxo pode trabalhar sozinho? Uma boa questão! Primeiro, um bruxo pode após suas iniciações e pactos, pode viver e seguir seu caminho sem precisar criar um grupo, mas ele deve respeito e não corta vínculos com sua origem, seja esta apenas um tutor, seja esta um grupo fraterno.

O que é o sacerdócio dentro da BT? É um passo onde se busca ferramentas para lidar com iniciantes, onde se adquire conhecimentos reconhecidos para promover iniciações.

Um bruxo precisa ser um sacerdote? Não, ele não precisa se envolver com o sacerdócio, tal como um exemplo: ele pode ser católico ele não precisa ser um padre, assim fica mais fácil a compreensão.

Qualquer linha ligada ao paganismo pode celebrar os encantos da natureza, isto não é exclusividade da Bruxaria Tradicional. Se existe uma diferença sacerdotal para com um comum praticante esta diferença está somente no ponto da iniciação, do comprometimento ao ensino, de oficialização de trabalhos em grupo. Portanto não existe uma obrigatoriedade, mas repetindo, estamos falando de Bruxaria Tradicional, que é algo hierárquico, estruturado, iniciático, não estamos falando de Bruxaria Familiar, que é outra estrutura, com outros trâmites, caso o leitor tenha interesse nas definições vejam os textos anteriores de nosso blog, ou venha até um de nossos encontros.

O ensinamento está aberto para qualquer um que queira aprender, não existe necessidade de ser um sensitivo ou achar isso no astral viajando por portais, calma leitor! Não irá participar de rituais públicos, não irá ingressar automaticamente num grupo. O que propomos é apenas o ensino, o modo do pensar, do entender o mundo e para isso basta ter ouvidos. Não pensem que um Bruxo Tradicional é um “avatar” (isso infelizmente é mais uma distorção), este é apenas um caminho que te leva a ter vivência e conhecimento.

E por isso que olhamos com pesar e até questionamos o caráter de algumas pessoas que condenam o ato do ensinamento, como também o distorcem para arrebanhamento. É muito estranho para nós pensar que alguém vá contra o ato nobre de compartilhar, e que também é contra e julga àqueles que desejam se unir para realização de projetos e ideais. Entretanto uma coisa é certa, todos os que queiram serão bem recebidos em nossos projetos!

Queremos enfatizar que Bruxaria Tradicional continua sendo pagã e sempre será, que honraremos sempre a Natureza, que honraremos nossas origens e aos nossos ancestrais. Não estamos focando no céu e no inferno tal como alguns nomeiam como celestial e subterrâneo. Bruxaria Tradicional é uma visão alternativa e não um agregado de filosofias desconectadas. É isto que faz a diferença! Não é medir um bruxo se ele faz feitiços que resolvem, isso o torna apenas um bom feiticeiro, ser um bruxo é mais do que feitiçaria, um bruxo realmente odeia o barulho das cidades, ele se encontra na tranqüilidade de uma floresta, ele não transmuta a sua filosofia ele transmuta os seus atos perante o meio que vive, eis a diferença de pensamento.

Caro leitor, não estamos aqui para criticar o catolicismo ou qualquer outra religião, acreditamos que o protestantismo já faz suas críticas diretas, a história é a mesma basta estudá-la, temos dados expressivos de analfabetismo na interpretação de texto, o que concordamos, falta bom senso além de conceito, mas com boa educação e com vontade todos podem se compreender.

Vejam, para alguns seria impossível admitir que pessoas ligadas à bruxaria pudessem estar ligadas a política, se fosse assim não teríamos bancadas de religiosos no congresso! Vejam, um bruxo tradicional esta ligado a movimentos culturais também, ou seria apenas um tapado feiticeiro? Seria uma tremenda falta de bom senso acreditar que bruxos são apenas personagens míticos, que eles não se envolvem com as diversas camadas da sociedade, este pensamento é cabível somente para gente de mente fantasiosa.

Como alguém que não é tradicionalista pode afirmar algumas informações sem base? É impossível não termos separações conceituais e históricas dado aos eventos do tempo ao afirmar sobre Bruxaria Tradicional tardia. São obvios, pois não existem relatos desse ponto que conduzam a crença pré-cristã com propriedade, é obvio os elementos filosóficos clássicos, o foco apenas na magia e tantas outras considerações. Temos um cenário de Wicca versus Bruxaria Tradicional, uma disputa de Gerald Gardner com Robert Cochran ou das influências de Andrew D. Chumbley nitidamente ligadas a Austin O. Spare que em nada são similares com a base dos cultos pré-cristãos. A isto chamamos de “ruptura”, por tanto, uma nova visão que infelizmente usou do mesmo nome “Bruxaria Tradicional”.


Não estamos declarando que não houveram mudanças, mas essas mudanças não implicam na junção de outros sistemas mágicos incorporando na crença, no modo de agir, de pensar. Estamos falando de um caminho religioso e não de um agregado de misturas de diferentes épocas e sem sentido. Nos não observamos em outras crenças tradicionais dizerem que, por exemplo, o Budismo é diferente do que era antes, não vemos budistas traçando pentagramas no chão, não vejo budistas dizendo que Buda é um mecanismo psicológico de máscara para sociedade e tantas coisas absurdas e que estamos acostumados a ver no meio neo-pagão “erudito”.

Estamos aqui para desmistificar a crença na Bruxaria Tradicional, apenas isso, e sentimos realmente se alguns de nossos leitores assíduos se incomodam, não queremos que o nosso caminho seja distorcido para contemplar as particularidades de alguns que não se sentem a vontade em outras religiões neo-pagãs.

Utilizar desses argumentos: “se basear no Malleus Maleficarum (1487) com a manipulação da Igreja para dizer que bruxos portavam grimórios”, “Que um bruxo utiliza elementos de outras religiões porque ele é um sábio” “Que a organização e multi-cooperação devam ser vistas com suspeita” São pontos muito fora de contexto.

Queremos agradecer a todos que analisam nossos textos, mesmo no tom de crítica sem base, ou baseados em dados confusos e distorcidos. Sempre é bom ver o quanto podemos ajudar, é um termômetro para observarmos como anda o conhecimento da magia (e infelizmente está muito ruim), mas acreditamos como “religiosos esperançosos” que pelo menos os leitores se questionem sobre o que acreditam, e convidamos a todos para que venham nos conhecer pessoalmente. Acreditamos no debate de idéias, mas não da agressão direta e pessoal.

FONTE: Conselho de Bruxaria Tradicional
Autor: Ricardo DRaco