quarta-feira, 23 de novembro de 2011

                             O EGOÍSMO DA INGRATIDÃO.
                                                                  
 
Definição de INGRATIDÃO: "A ingratidão consiste em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade, do orgulho ou do interesse."
O ser humano tem de fato muitos defeitos e virtudes. A ingratidão e  o egoísmo são dos defeitos que mais deprime e incomoda. A ingratidão acompanha o egoísmo e vice-versa. O egoísta, é aquela pessoa que só pensa em si própria e nos seus próprios interesses e cujo umbigo funciona como centro do Universo, é um ser que não tem qualquer problema em usar os outros, pensando unicamente no benefício próprio. Atingidos os objetivos, invoca o ingrato que habita no seu interior para mostrar às pessoas que o ajudaram, o quanto valem para ele, ou seja; NADA. Essas pessoas são meros instrumentos para atingir o fim. 
O sucesso é mérito pessoal, por seu lado, o fracasso é motivado por aqueles que o rodeiam. É este o pensamento típico do ingrato, do individualista.
Infelizmente para essas pessoas só resta um futuro: mais tarde ou mais cedo, sentirão necessidade que a sua individualidade seja quebrada e não terão mais que um espelho para refletir a sua imagem sem expressão, sem luz própria, pois as mesmas foram consumidas pela ingratidão.
Jamais me arrependo de nada que fiz por pessoas ingratas, pelo contrário, elas só me reforçam a retidão do meu caráter, pois cada vez mais conheço “gente” e “pessoas”, e potencializo o princípio de que Caráter é uma sementinha que já nasce com a gente.
Diante dessas pessoas, vejo com mais clareza a falta que faz na formação do ser humano “limites”...
Mas sempre hei de dar à oportunidade de me provarem a diferença em ser só “pessoa” e ser “gente”...
Acabei de crer que a minha maior virtude é a gratidão aos meus Deuses e aos meus pais por terem me ensinado os “LIMITES”, para caminhar respeitando os meus sentimentos e principalmente os dos que me acolheram amorosamente e afetivamente ao longo da minha existência.
Partindo sempre do princípio que raramente ganhamos  gratidão da mesma pessoa para a qual fizemos algo de bom. Serão outras pessoas em outros momentos. Na verdade, nunca devemos esperar receber algo por nossas boas ações, até porque se esperamos estamos somente sendo “pagos” para sermos bons, e isso não é bondade. Seria apenas uma transação comercial.
Sejamos sempre gratas, mas jamais esperemos gratidão de outros. Seria uma troca. Comércio barato. Ninguém  seja quem for, deveria “pagar” para ser bom. Ser bom é não esperar nada em troca de ações boas. É isso que torna a raça humana especial. As exceções são apenas isso: EXCEÇÕES. Pessoas que apenas passam pela nossa vida e pela marca da ingratidão não se tornam ninguém, não deixam rastros.
Ao fazermos o bem com o coração, jamais devemos esperar algo em troca. O divertido está exatamente em dar sem esperar nada em troca. Ai, a ingratidão de qualquer pessoa deixa de existir, simplesmente porque não esperamos mesmo. Se vier é lucro, mas se não vier, não será prejuízo.
Mas o interessante da existência digna e saudável é que sejamos sempre pessoas gratas, devolvendo em dobro aquilo que recebemos. Isso nos coloca em um patamar de pessoas que são “gente”. Gente que é referência de dignidade, não pela impressão que causa ao chegar, mas, pela a que deixa ao partir...
Graça Azevedo / Senhora Telucama– 22 de novembro de 2011

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