terça-feira, 17 de abril de 2007

FANATISMO



FANATISMO



Todo fanatismo é condenável, pelo poder que tem de obliterar e impedir o raciocínio. O religioso é mais nocivo ainda porque, gerando ódios e paixões, é capaz de levar as criaturas a cometerem os atos mais desalmados e os crimes mais abomináveis.
Não existe na história da humanidade, guerras tão bárbaras, tão implacáveis, tão cruéis, tão ferozes, tão espantosamente perversas e desumanas, quanto as religiosas.
Jamais o mundo assistiu a ações de tamanha crueldade e vandalismo como as que praticaram as Cruzadas, cujo ódio os levara a despedaçar indefesos e aterrorizados velhos, crianças e principalmente mulheres.
A pavorosa noite de S. Bartolomeu, e as fogueiras acesas pela Inquisição para queimar vivas, depois de horrivelmente mutiladas e martirizadas, as vítimas do ódio que o fanatismo religioso gerara no espírito dos próprios sacerdotes inquisidores, são um exemplo bem ilustrativo dos extremos a que esse fanatismo pode levar o homem.
O fanatismo enfraquece, aliena e reduz à impotência a vontade humana. E o principio prioritário da BRUXARIA é exatamente a liberdade. – Liberdade de crer, de amar, de celebrar, de ser devoto, de viver de existir.

O homem é um espírito criador por excelência, quando em estado de ignorância, sem a ligação racional com seus Deuses, quando à espera de ordens de líderes religiosos e da ajuda divina via regeneração dos pecados, se colocam inertes perante as leis motrizes da evolução. Por não saber utilizar-se das duas forças poderosos que possui e que devidamente exercitadas o conduzem ao triunfo.
Essas forças, que na maioria dos seres jazem ignoradas e adormecidas, se chamam: VONTADE e PENSAMENTO.
As religiões possuem, em regra geral, livros considerados sagrados pelos seus adeptos. Entende-se por sagrado o que é puro, o que não tem mácula, o que é perfeito e intocável. Dentro desses livros, porém, é onde existem os maiores absurdos, a mais clara ofensa ao decoro e ao bom- senso, pode a verdade ser transformada em mentira, o justo em injusto, o honrada em desonrado, pode a lógica sofrer todas as agressões e violências, que nenhuma crítica é admitida.
Na Bíblia, todos o sabem, foram alterados diversos textos originais com o fim de favorecer a um vantajoso sistema capaz de propiciar fundos suficientes para sustento da legião sacerdotal, mantenedora do sistema. Somente a palavra “PERDÃO”, habilmente introduzida naquele livro, tem proporcionado imensa, e incalculável renda. Dentre todos os erros daquela religião o mais grave e que ocupa lugar de destacado relevo é o perdão para as faltas cometidas e, até mesmo, para crimes cometidos por adeptos. A absolvição dos pecados satisfaz ao rebanho, de um modo geral, produzindo grande alívio na consciência deste. A alma fica supostamente livre da culpa. Com essa impunidade, que a absolvição lhe assegura, não hesita em cometer novas faltas, novos erros, novos crimes, dos quais sabe que receberá absolvição no confessionário, ou quando lhe for dada a extrema-unção, no momento final.
Resgatam-se as dívidas morais, com as confissões, como mercantis com o dinheiro. E o bom pagador tem sempre aberto o crédito para novas operações... É comum atribuir-se ao Deus, cujos desígnios afirmam ser impenetráveis, a responsabilidade de grande parte das coisas que acontecem na Terra.

Assim, voltando aos princípios pagãs, que norteia o homem como único responsável pelo seus atos e cujo conselho e máxima é: Faça o que quiseres, desde que não prejudiques a ninguém... observa-se a necessidade de buscar-se a si mesmo de forma ampla, transparente e pessoal.
Bruxa crer no absolutismo das leis tríplice : Tudo que fizeres a alguém receberas em triplo. E desenvolve a nítida consciência da lei do retorno, tudo , pensamentos e ações possuem Força própria, e como tal vão, dão a volta no universo e retornam as origens para recomeçar um novo ciclo.
Quando o ser humano se convencer de que praticar o mal terá, inapelavelmente, de resgatá-lo, sem possibilidade de “Perdão “, que as ações boas revertem em seu benefício e as más em seu prejuízo; que não pode contar com o auxilio de nenhum “perdão” humano para libertá-lo das conseqüências das faltas, então o mundo viverá em paz.
Bruxa procura avaliar o peso das responsabilidades que arrastam com os próprios atos, fazem todo o possível para firmar-se nos ensinamentos reais que transmitem o conhecimento da verdade, rompendo com as entorpecentes mentiras religiosas.
O Despertar da Bruxa, não parte de nenhuma fantasia religiosa mas sim da necessidade de conhecer-se a si mesma. Na busca da paz interior, sem nenhum intuito, outro interesse que não seja o de dar a sua parcela para o despertar da Força da grande mãe, que pulsa fortemente neste útero que nos acolhe, a abençoada Terra. Propõe-se revelar os esclarecimentos de que tudo necessita de muito amor para sair da obscuridade da ignorância em que a humanidade se encontra, tão danosa, tão prejudicial à sua evolução.
Em toda a extensão da Grande Arte se ensina que o espírito é uma pequenina fração da Inteligência Universal, em evolução. Nela está a constituição do Universo micro em sintonia com o Macro, baseada em dois únicos princípios : Homem X Força cósmica Universal, partindo da criação da força do feminino, a ação do gerar, do conceber. Enchendo o espaço infinito e incitando todos os corpos em movimentos de energia e luz, através dos canais dos quatro elementos.
Força é a expressão empregada quando da sua associação ao grande foco, a Deusa interna e externa, quando se quer exprimir a Agente Universal, na sua concepção infinita. De transcender, dá idéia de luz, de intensidade de existir...

Graça Azevedo / Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama

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