quarta-feira, 14 de novembro de 2007

SACERDOCIO DE 2007


SACERDOTES DA DEUSA MÃE.

A nossa trilha na história é tão presente e dinâmica, quanto à própria história humana.
E hoje, a nossa religião, a Bruxaria Tradicional, constitui a trajetória da nossa espécie sobre todos os momentos nas diversas civilizações da humanidade.
A nossa espécie no planeta é a representatividade da raça das transformações, pois que, sobrevivemos a todas diversidades culturais. Tendo sempre como propósito maior à preservação do grande útero que nos acolhe, o planeta terra.
No princípio era a “MÂE”. O verbo veio muito depois, em época muito mais recente.
Exato por sermos matriarcais, procuramos fazer deste espaço que habitamos, um lugar melhor para se viver, é uma questão de útero, de preservação da raça humana.
A Mãe Natureza sempre foi Matricêntrica.
O principio MÃE X FILHO forma uma unidade nuclear universal das espécies mamíferas e as sociedades primitivas eram matrifocais por definição.
Sabemos que a paternidade era desconhecida nos primeiros tempos. Os primeiros grupos humanos eram matrifocais e matrilocais.
Em todas as sociedades e em todas as civilizações as mulheres sempre trabalharam mais que os homens. O tempo em que os homens levavam caçando era bem menor que o tempo que as mulheres levavam para fazer coleta de alimentos, cultivá-los e armazená-los. Isso sem falar nas naturais tarefas domestica e a criação dos filhos.
Foram às mulheres que descobriram a arte de plantar grãos férteis que eram colheitas sazonais, e essa prática era feita com as próprias mãos, o que levava um tempo razoavelmente grande. Foi assim que as mulheres se tornaram experientes horticultoras. Só muito tempo depois surgiu à agricultura com maquinas primitivas artesanais.
Assim foi - se desenrolando a vida da raça humana na terra.
Quando os homens resolveram tomar para eles a função da agricultura, as mulheres já tinhas desenvolvido a arte de tecer, o que também lhes ocupava um bom tempo, mas mesmo assim, tinham mais tempo para observar a natureza e interagir com ela, descobrindo através de chás e porções a arte da cura. E seus Deuses primitivos passaram a lhes sinalizar através dos elementos naturais da mãe natureza os caminhos da vida no planeta terra.
Com o passar dos anos cada mulher se tornou uma sacerdotisa em potencial. Pois são elas que através da sensibilidade natural da Deusa interna busca a harmonia do sistema cósmico universal.

Os caminhos da Deusa não têm volta, pois eles nos conduzem para dentro de nós mesmas e vice-versa, formando assim o círculo divino.
É um desafio permanente as tiranias do Ego.

Sentir-se Bruxa é sentir-se pelo avesso, ver invertido. É sentir os olhos no umbigo e o umbigo no coronário.

Sacerdocio na Bruxaria Tradicional.
A Sacerdotisa e o Sacerdote devem primar acima de tudo por desenvolver um papel fundamental, na conscientização de todos que por elas passar, em busca de trilhas sistemáticas a seguir, para encontrar seus Deuses. PRINCIPALMENTE SUA DEUSA INTERIOR.

Os Sacerdotes da deusa Mãe nunca, em nenhuma hipótese devem se sentir, ou deixar que os vejam como líderes religiosos. Mas sim, facilitadores dos caminhos. Mestres.
Devemos insistir na difícil etapa da integridade da Arte no momento. Na transformação do nosso compromisso com a nossa ética e imagem.
Por isso é tão importante estarmos unidos nos MOVIMENTOS que visam impor a Bruxaria como religião de respeito. Na preocupação com o que chamamos "RELIGIÃO SEM DOGMAS", para que essa idéia não se transforme em uma alienação das tradições.

Minha avó, Dona Chica Cruz, costumava dizer que: “Se a lua se permitisse ser vista todos os dias, seus mistérios não seriam mistérios...”.

Graça Azevedo / Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama.

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