domingo, 18 de março de 2007

OS BRUXOS E A PAZ.


Os Bruxos e a Paz.
Graça Azevedo / Senhora Telucama


A visão fragmentada no cenário mundial hoje, nos leva a parar para refletir a nossa compreensão do mundo neste momento histórico.
Um dos principais erros que cometemos ao falar de paz, é processá-la sempre como algo externo ao homem. Alguma coisa a ser alcançada em algum lugar ou através de uma determinada ação, adquirir alguma coisa ou mesmo conquistar um efeito mágico. E pensamos: se não estamos em guerra, naturalmente estamos em paz...

Se enxergarmos a paz sob este prisma, estaremos direcionando e condicionando a nossa paz e a Paz do planeta sempre a algo que independe de nós. Consequentemente os conflitos nas suas mais intensas formas e adversidades se concentrarão, e a solução naturalmente dependerá de tratamento especifico, como é uma situação de guerra entre povos. Independente de que motivo os levou a guerrear. Guerra é Guerra.

A toda ação corresponde uma reação. Essa é uma da mais pura verdade correspondente á sabedoria humana. E porque ela continua ainda no terceiro milênio sendo ignorada? Para onde foi á consciência da lei da causa e do efeito?
Os perigos desta negligência, ignorância, desapego a vida, seja lá o que for, são catastróficos. Esses seres se comportam como se tivessem salvo-conduto para destruir o Grande útero que nos abriga, sem que o universo nos puna por isso.
Essa visão fragmentada é o que podemos chamar de “emoção mecânica” ou “emoção tecnológica”.
E ai? E nós Bruxos que dedicamos as nossas vidas em pró da preservação da sanidade do homem e do seu habitar sagrado, o que podemos fazer diante de tamanha aberração? Vamos cruzar os braços e simplesmente entregar aos Deuses?

Que a paz está dentro de nós já virou frase de efeito, todos nós que refletimos e buscamos o centramento interior temos consciência disso. Mas está sendo suficiente para a paz da humanidade? Os fatos provam que não.

A violência de maneira geral que está instalada no planeta neste momento histórico em que vivemos, é prova mais que evidente que é chegado o momento do despertar consciente e verdadeiro. É chegado o momento da nova ordem da compreensão humana, de que, onde não há ódio ai está á paz. O ódio como estado de enfermidade interior. Assim, se faz necessário com urgência uma campanha contra o mal que assola a humanidade: O ódio.
É necessário se educar o homem desde a infância para a prevenção deste mal.
O ódio é desenvolvido na alma e no coração do homem como qualquer outro sentimento, pessoal e interior. É a partir da preservação desta epidemia na infância que formaremos homens em paz.
A criança perdeu o referencial da paz interior com os próprios brinquedos, uma fórmula dantesca de incentivar o ódio e a guerra, através de meros brinquedos de tecnologia avançada. Do descaso nos relacionamentos, da desesperança e da falta de religiosidade. De uma formação cultural direcionada para o inter-relacionamento étnico e ético.
Que mais que depressa, vacinemos nossas crianças contra o ódio, o preconceito e o desamor.

Se as guerras, conflitos e violências de maneira geral, começam na alma e no coração do homem, é ele que tem que ser desarmado para evitar consequentemente ações conflituosas e violentas. E esse desarmamento tem que ser revisto de imediato com mais firmeza, empenho e amor.

A paz tem que ser vista como resultado da harmonia interior. É a integração harmônica da alma humana com as ciências. Fator que foi praticamente esquecido na formação cultural humana no último século, ao dar prioridade a razão.

É comum hoje se confundir educar com ensinar. Ensinar é meramente direcionar conceitos intelectuais pré-determinados de conhecimentos. Ao passo que educar é abranger os conhecimentos de forma ampla, buscando meios e formas coerentes com a realidade e as necessidades dos que buscam aprender, visando o crescimento, individual e coletivo de forma que a visão de mundo e de vida seja harmônica em função de um bem comum; a humanidade.
Paralelamente está a família, grupo esse que deve tomar para si a formação do caráter, hábitos e atitudes interiores e exteriores. Pois o que se percebe em grande escala hoje, é exato a acomodação. Transferindo assim as funções que seriam da família para a escola. Resultando daí uma grande confusão no referencial da criança, escola-família-escola.

É chegado o momento de tirar o homem do absolutismo do mundo exterior, e educa-lo para encontrar seus caminhos para o mundo interior.

A Natureza é a maior demonstração de respeito e harmonia, expressão maior da energia do universo. O homem é parte dela, assim como ela é parte do homem. Em simbiose perfeita um completa o outro. Assim, viver em paz com sigo mesmo, significa viver em paz com o meio ambiente e consequentemente com tudo que o planeta abriga. É prioritário que esse objetivo se instale na raça humana como forma de sobrevivência. Lembrando que é a única saída para a preservação da Grande Mãe Terra, tendo em vista, a escalada evolutiva de destruição que assolou o planeta pela desorganização moral, consciência egoísta, deslumbramento tecnológico e cientifico, passando pela desagregação social e atingindo o circuito natural das leis que regem o universo.

Poderá ser tarde demais, quando a humanidade se der conta do que fizemos com o nosso habitar, e com todos os seres que integram o espaço sagrado, a Terra.

Assim, resta-nos orar a um ser superior, a uma Deusa, ou Deus, independente da forma como os concebemos, mas orar a energia da criação. Pedir, clamar com veemência para que se instalem em nós, em forma de luz, uma força sobre humana, que nos faça vislumbrar o caminho da paz, do equilíbrio, do respeito humano.
Que as leis dos homens estabeleçam o Respeito aos direitos humanos, e não se resumam em um monte de folhas amareladas, queimadas e levadas ao vento sobre escombros de uma civilização exterminada.
Que nossos descendentes possam passar adiante, para as gerações futuras, o respeito e o exemplo de como a raça humana foi capaz de se transformar, em pró da harmonia no mundo.
Que este terceiro milênio seja inserido nas paginas da história do homem, como o século que desenvolveu a unicidade da paz entre os homens do planeta terra.
Que assim seja e assim se faça!
Senhora Telucama

Um comentário:

Sacerdote da Terra disse...

Ola , meu nome é Guilherme e desde pequeno sempre me senti diferente , desde pequeno sempre lia livros mais avançados para a minha idade. Sentia e ouvia coisas estranhas e que me apavoravão. Durante meu crescimento eu sempre li muito e procurava algo que me explica-se todas as minhas duvidas . Durante todo o meu crescimento nunca consegui me encaixar em nada . Sempre sem muitas amizades e sem muito o que fazer então eu devorava os livros. Depois de grande veio o trabalho , amigos e festas , fui deixando de lado o interesse, e conforme a distancia o que acontecia comigo de estranho foi sumindo. Agora minha irmã tem as mesma coisas que acontecia comigo , e tenho uma namorada que tambem é assim . Entaum estudamos a arte junto , mas a cada dia que passa eu me sinto inferior , me sinto aguniado e triste por deixado tudo pra traz para ser um pouco normal e agora querer de volta e não ter. Vivi em constante busca de pessoas saibas e experientes na arte para que me auxiliem , pq naum sei mais o que fazer . Desde ja agradeço e pesso desculpa pela intromição. Sorte.
Ass: Guilherme