domingo, 18 de março de 2007

TRIBUTO AO GRANDE RETORNO


Tributo ao Grande Retorno
Graça Lúcia Azevedo/Senhora Telucama

O círculo de almas em prece se fecha.
Mãos que se erguem na busca da luz.
Sonhos interrompidos de Panteões esquecidos.
Vórtices de energias múltiplas se impõem,
Entre pedras, sons e solfware.
Arte e tradições se instalam.
Legiões de Deuses na conjugação céu, terra, e lua,
da cripta para a vida.
A Senhora da Noite se faz anunciar sob trombetas de ships.
Infelizes algozes te prenderam nas sombras.
Hoje vinde a luz elevando seres, que dançam , cantam e oram.
Já vai longe o inverno tenebroso,
dos sonhos desfeitos, prazeres esquecidos, corpos queimados.
A fértil Primavera chega plena de luz e cores em brisa de Paz.
Vem Mãe ! Varre egos, idéias descabidas, preconceitos e temores.
Envolve prados, campos , vales e cidades com teu manto de puro amor.
Permita que a Mãe Lua, acorde os que ainda dormem sobre a sombra dos patíbulos.
Permita-nos louvar a tua beleza e abundância Senhora da cores.
Agrega teus filhos conduzindo-os pelos caminhos da humildade por entre o vale do Poder.
Toma teu sagrado cajado em punho.
Ergue-te !
Coroa Aquários a ti mesma de Polo a Polo.
Torna o sol, teu consorte, paraninfo da terra.
Desnuda definitivamente a magia da dor do parir.
Busca nas entranhas da tua grandeza, a gloria do feminino.
Induz a mulher para a percepção dos teus afetos.
Converte-a, ilumine-a, desperte-a.
Que taças e espadas se cruzem, pelo amor.
Que caldeirões fumeguem porções de acalanto e cura.
Que de templo em templo se eleve um culto, um brinde, um altar.
Que versado em flauta doce o nome de Pan ecoe.
Que clarões cintilem fogueiras sagradas em momentos festivos.
Que revendo o fogo divino, não se escorra lágrimas de sonhos não sonhados.
Que se instalem quermesses, com tortas de morangos e nozes.
Que se desfraldem bandeiras, entoando hinos sonoros.
Que soem trombetas eletrônicas, não importa o quanto.
Que batuquem tambores e acendam velas.
Que se espalhe incensos de aromas diversos.
Que se jogue arroz em chuva de sorte.
Que alardem o sinos em badaladas precisas.
Que se grite aos sete ventos por céus abertos e luas cheias.
É chegado o momento; a Grande Mãe voltou!


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